Entre os anos de
1300 e 1650 houve, na Europa, um súbito renascer dos ideais da cultura Greco-romana
por meio do movimento que se chamou Renascimento, mesmo considerando que
durante o período medieval o interesse pelos autores clássicos nunca deixou de
existir. Dante, um poeta italiano que viveu entre 1265 e 1321, por exemplo,
sempre manifestou inegável entusiasmo pelos clássicos. Também nas escolas das
catedrais e dos mosteiros, autores como Cícero, Virgílio, Seneca, assim como os
filósofos gregos, eram muitos estudados.
A Criação de Adão - Interior da Capela Sistina - Michelangelo - Vaticano - 1508 e 1512 |
Na verdade, o
Renascimento foi um momento da história muito mais amplo e complexo do que o
simples reviver da antiga cultura Greco- romana. Ocorreram nesse período muitos
progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das
ciências, que superaram a herança clássica.
David - Michelangelo -altura 410cm - Museu da Academia de Florença - 1501 e 1504 |
Trabalhando ora o
espaço na arquitetura, ora as linhas e cores na pintura, ou, ainda, volumes na
escultura, os artistas do renascimento sempre expressaram os maiores valores da
época: a racionalidade e a dignidade do ser humano.
Na arquitetura,
era preciso criar espaços compreensíveis a partir de todos os ângulos visuais
que fossem resultantes de uma justa proporção, baseados em relações matemáticas
ente todas as partes do edifício. Na pintura, o uso da perspe ctiva, seguindo
princípios da matemática e geometria, conduziu a outro recurso: o uso do
claro/escuro para dar maior realismo às pinturas.
Na escultura, há
uma espécie de força interior que não aparece no humanismo idealizado pelos
gregos. Leonardo da Vinci,
Donato Bramante, Michelangelo, Rafael e Ticiano representaram o clímax e a fase
clássica a arte renascentista, do mesmo modo que os arquitetos e os escultores
de Atenas haviam levado a arte grega ao seu apogeu, no final do século V a.C.
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